quinta-feira, 2 de março de 2017

Fenômenos da maternagem

Esses dias comentei com duas amigas, mães amamentantes, como eu sinto um prazer quando o Jorge mama (!). Uma delas, também amamentando seu segundo filho, disse que também sente, e descreveu como uma euforia.

Com o Joaquim eu não senti assim. Era gostoso, era um momento de aconchego, era gratificante, mas fisicamente eu sentia uma leve dor do leite descendo. Nada muito forte, mas acho que essa dorzinha não deixava vir o prazer. Minha doula explicou que amamentar o segundo é mais tranquilo, porque os dutos já estão "amaciados" e aí dói menos, ou não dói. E acho que é exatamente isso que tá acontecendo comigo! Eu sinto o leite descendo, mas não dói. E aí vem um prazer físico mesmo, uma coisa muito doida. Na maioria das vezes é o mesmo prazer que tenho quando como um doce BEM gostoso. Sério!

Mas hoje aconteceu algo extraordinário! Um dia normal em casa, Jorge começa a mamar e sou surpreendida por uma sensação muito clara de algo que é uma das coisas que mais gosto na vida: secar ao sol depois de um banho de cachoeira. Sim, isso mesmo! O corpo formigando pela água fria, mas já se aquecendo com o sol e com o calor da pedra, e tudo isso amplificado pelo estado de êxtase de estar diante de uma queda d´água cristalina, num lugar semi deserto, com um céu azul brilhante enfeitado com poucas e pequenas nuvens. Fui lá pro rio Macaquinho, revivendo um dos melhores banhos de cachoeira que já tomei na vida!

Em fração de segundo. Fui e voltei. Voltei tão renovada quanto se tivesse de fato tomado o banho.

E ele lá mamando, sem saber de nada... ou sabendo de tudo! Claro que sim, sabendo de tudo!