quinta-feira, 20 de junho de 2013

A liberdade de escolher ser mãe

Antes do meu filho nascer eu achava que o aborto era uma coisa muito ruim e só ruim (não conseguia enxergar seu "lado bom"). Claro que tentava não julgar as mulheres que optaram por um aborto e também não concordava com as proibições e punições impostas pelo Estado.

Agora, com meu filhote prestes a completar 3 meses, minha visão já mudou bastante. Não tenho do que reclamar, pois tenho um marido companheiro, uma mãe que me ajuda, não tenho preocupações financeiras e o Joaquim é um sosseguinho de bebê. Esse filho foi mais do que planejado e desejado, mas mesmo assim tenho momentos de profundo cansaço, tenho momentos de crise, de dúvidas, de "socorro, cadê eu?".

E quem não planejou? E quem não tem apoio? Como encara essa? Sei que muitas conseguem, mas não confio mais no "tudo se ajeita". No fim até ajeita, mas a que preço?

Tenho lido sobre o desenvolvimento do ser humano e os primeiros meses de vida tem uma importância crucial. É preciso muita disponibilidade, muita paciência, muita disposição, muita compreensão, muita entrega, muita atenção. Se o bebê não encontra esse ambiente, tem seu desenvolvimento seriamente comprometido, muitas vezes com sinais pouco visíveis, que vão se manifestar lá na frente, na forma de dependências, obsessões e distúrbios dos mais diversos.

Mesmo quem quer ter filhos corre o risco de não dar conta do recado, imagine quem não quer. Vale a pena forçar essa pessoa a arcar com a responsabilidade de formar um ser humano?

Aí me vem essa agora de "Estatuto do Nascituro", que quer obrigar inclusive vítimas de estupro a levar uma gravidez até o fim. Pra completar ainda propõe que o Estado arque com as despesas dessa criança, no lugar do pai. E não pára por aí, vale a pena se informar e se posicionar.

Eu acredito que educação é muito melhor que proibição e se o Estado está tão disposto assim a cuidar de seus nascituros, deve começar cuidando de suas potenciais mães e pais. Sentindo na pele o tamanho da missão que é criar um filho, ando cada vez mais adepta de esclarecimentos gerais sobre o que isso representa.

E mais do que nunca respeito quem escolhe não ir por esse caminho, da mesma forma que admiro quem o escolhe, com clareza e comprometimento.


Esse texto foi publicado originalmente no blog do site Minha mãe Que Disse.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Joaquim, ontem saímos para o nosso primeiro passeio solo! Quer dizer, semi-solo... o papai precisava ir ao centro e nos deu uma carona. Arrumei sua mochila, amarrei o sling e lá fomos nós.

Primeiro passamos visitar o Digão, amigo antigo da mamãe, que trabalha num estacionamento ali perto do clube. Depois fomos na banca de revista e comprei uma Tpm que fala sobre a nova mulher prendada. A essa altura você já estava dormindo e partimos pra padaria, pois a mamãe estava louca por um doce.

Não tinha quem não reparasse e não desse um sorriso ao te ver ali aninhado na minha barriga, só que agora ao alcance da vista de todos. Comi uma torta de limão enquanto folheava a revista, que parece estar realmente boa. Você acordou e continuamos o passeio, indo em direção ao clube, pra checar a fralda e achar um bom lugar pra mamada, mas encontramos com o papai (se combinássemos não teria dado tão certo) e fomos com ele no Marcão, o cabeleireiro.

Marcão é um figura bragantino que parece um pirata do caribe, rs... ao te ver ele falou "creeedo, que nenê grande!!!", com aquele sotaque bragantino bem carregado! Lá no salão tinha o cartaz da Festa de Santo Antonio, que será semana que vem e chamou sua atenção, o que chamou a minha e me deu vontade de ir na quermesse :)

Voltamos pra casa felizes com tanta novidade. Pelo jeito você gostou bastante, pois olhava tudo com aquele olhar curioso e interessado que me encanta!